Ao longo da minha jornada, tenho sido cercado por testemunhos incríveis de pessoas que experimentaram a presença divina de Deus. O relato de suas experiências é sempre carregado de uma alegria e paz indescritíveis, algo que, de certa forma, desperta uma inveja saudável em meu coração. Afinal, quem não anseia por sentir a proximidade do Pai celestial?
Minha vida é permeada por acontecimentos que parecem transcender a mera casualidade, eventos que só encontro explicação ao olhar para o divino. Entretanto, mesmo diante de tantas evidências da presença de Deus em minha vida, há uma indagação que persiste em minha mente: Por que eu não te sinto, mesmo estando tão distante?
A busca por essa conexão profunda com o divino é uma jornada que me leva a refletir sobre a natureza do relacionamento com Deus. Às vezes, sinto-me como se estivesse à margem de uma experiência espiritual que muitos descrevem como transformadora. As perguntas ecoam em minha alma: Será que estou fazendo algo errado? Será que minha fé não é forte o suficiente?
A distância entre Deus e eu, aparentemente intransponível, torna-se um dilema constante. No entanto, ao invés de desespero, escolho explorar essa desconcertante ausência. Será que é possível que a ausência de sensações tangíveis seja, de alguma forma, uma maneira única de Deus se manifestar em minha vida?
Neste caminho de reflexão, aprendo a reconhecer a presença de Deus de maneiras sutis e inesperadas. Talvez Ele esteja nas entrelinhas da minha existência, nas pequenas bênçãos diárias que muitas vezes passam despercebidas. Ao invés de buscar respostas imediatas, permito-me maravilhar com a complexidade e mistério da fé.
A ausência de uma sensação tangível da presença divina não diminui a intensidade da minha busca espiritual. Pelo contrário, ela aprofunda meu anseio por compreender a natureza dessa relação única entre criatura e Criador. Assim, continuo a trilhar meu caminho com esperança, aberto às surpresas que a jornada espiritual reserva.
Deus, por que eu não te sinto? Esta pergunta persiste, mas, à medida que sigo adiante, descubro que as respostas podem se revelar de formas inesperadas e nos momentos menos previsíveis.